O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta sexta-feira (8) o pedido do deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) para visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar em Brasília. A decisão foi tomada com base em medida cautelar que proíbe Bolsonaro de se comunicar com réus ou investigados em processos penais conexos, grupo que inclui o próprio Gayer.
A prisão domiciliar de Bolsonaro foi decretada pelo próprio ministro Moraes após ele entender que o ex-presidente descumpriu restrições impostas no inquérito que investiga sua atuação, junto com o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), nos Estados Unidos. O objetivo da apuração é identificar supostas tentativas de articular punições contra autoridades brasileiras no exterior.
Apesar da negativa ao pedido de visita de Gayer, Moraes autorizou que outros cinco aliados do ex-presidente possam visitá-lo durante a prisão domiciliar. Entre eles estão a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP), e os deputados federais Domingos Sávio (PL-MG), Joaquim Passarinho (PL-PA), Capitão Alden (PL-BA) e Júlia Zanata (PL-SC).
Este foi o primeiro caso em que uma visita ao ex-presidente foi negada desde o início da prisão domiciliar. A medida reforça o controle judicial sobre as condições impostas a Bolsonaro durante o cumprimento da pena, que inclui restrições à sua comunicação com envolvidos no inquérito.