A Venezuela iniciou, nessa quarta-feira (8), uma operação militar em larga escala nos estados de La Guaira e Carabobo, em meio ao aumento das tensões diplomáticas com os Estados Unidos desde o retorno de Donald Trump à Casa Branca. O governo de Nicolás Maduro classificou a ação como parte de um plano de defesa nacional e afirmou estar pronto para “resistir a qualquer agressão externa”.
Batizada de “Operação Independência 200”, a ofensiva foi anunciada pelo ministro do Interior, Justiça e Paz, Diosdado Cabello, e envolve as Forças Armadas, milícias e autoridades locais. Segundo o almirante Gregorio Briceño Paniagua, comandante da zona de defesa de La Guaira, a operação começou à meia-noite com manobras táticas, patrulhamento e postos de controle para proteger infraestruturas e serviços públicos considerados estratégicos.
Cabello afirmou que o objetivo é “reforçar a soberania e demonstrar a prontidão da Venezuela diante de qualquer ameaça”. O ministro também destacou a importância da integração entre civis e militares no que chamou de “defesa integral da nação”.
A mobilização ocorre em um momento de crescente atrito entre Caracas e Washington. Maduro tem acusado os Estados Unidos de tentar derrubar seu governo, enquanto o país norte-americano aponta o regime venezuelano por envolvimento com o narcotráfico e violações de direitos humanos. O reforço militar dos EUA no Mar do Caribe foi interpretado por Caracas como uma provocação direta — e a nova operação surge como uma resposta simbólica de força e resistência.



