O governo de Donald Trump dobrou a aposta contra Nicolás Maduro e aumentou a recompensa oferecida pela prisão do presidente da Venezuela, para US$ 50 milhões, classificando o político como chefe de cartel de drogas. A pressão americana contra Chaves não é novidade, pois antes mesmo de Trump assumir o governo Maduro já era contestado por Whashington durante as gestões de Barack Obama e Joe Biden.
No entanto, a motivação norte-americana teria ganhado novos contornos, e sinaliza as intenções dos EUA em relação ao tráfico de drogas em países da América Latina. Antes de aumentar a recompensa milionária por Maduro, o governo dos EUA fez uma série de acusações contra o presidente venezuelano, e voltou a acusações contra Nicolás, e voltou a acusá-lo de chefiar grupos criminosos ligados ao tráfico internacional de drogas.
Logo nos primeiros dias do segundo mandato de Donald Trump, uma série de grupos ligados ao tráfico internacional foi classificada como organizações terroristas. Na prática, a denominação abre brechas para que os EUA realizem operações militares em outros países, no que chama de “luta contra o terror”, a exemplo da intervenção norte-americana na Síria, no início da década de 2010, durante a ascensão do Estado Islâmico (ISIS).
Uma possível ação militar contra o governo Maduro chegou a ser confirmada pelo chefe da diplomacia de Donald Trump, Marco Rubio. “Não podemos continuar tratando esses caras como se fossem gangues locais. Eles têm armas como terroristas ou até mesmo exércitos. Controlam territórios em alguns casos”, “O que muda é que nos dá autoridade legal para atacá-los da maneira como conseguirmos”, disse ele.