O ministro da AGU, Jorge Messias, classificou como “assédio de índole política” a revogação do visto norte-americano do ministro Alexandre de Moraes e de seus aliados. Em publicação nas redes sociais, Messias disse que a medida visa intimidar a atuação constitucional dos ministros do STF. Segundo ele, trata-se de uma “deturpação” promovida por forças externas contra o Judiciário brasileiro.
A ação dos EUA gerou forte reação do governo Lula. Governistas, como Lindbergh Farias, denunciaram a atitude como afronta à soberania e tentativa de interferência internacional. Além de Moraes, outros ministros do Supremo também teriam sido afetados, como Barroso, Dino, Fachin e Gilmar Mendes. A embaixada dos EUA, no entanto, não divulgou oficialmente os nomes.
A decisão coincidiu com a operação da PF que atingiu Jair Bolsonaro, obrigado a usar tornozeleira eletrônica e proibido de usar redes sociais. O secretário de Estado Marco Rubio acusou Moraes de liderar uma “caça às bruxas” contra o ex-presidente. Já Moraes afirma que Bolsonaro tentou interferir nas investigações sobre a tentativa de golpe de 2022.