Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi detido nessa quarta-feira (1) na Itália, mas liberado pouco tempo depois. Segundo a defesa, a Justiça italiana reteve seu passaporte e restringiu sua saída da cidade onde reside, permitindo que ele só se desloque com autorização de um juiz local.
De acordo com os advogados de Tagliaferro, a ação foi motivada por um processo de extradição solicitado pela Justiça brasileira. O ex-assessor foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelo vazamento de mensagens trocadas entre servidores do gabinete de Moraes, durante seu período na Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE.
Em nota, a defesa afirmou que Tagliaferro entregou voluntariamente seus documentos e se comprometeu a não deixar a cidade, garantindo que demonstrará, no momento processual, que os expedientes que motivaram sua retenção são “arbitrários, impertinentes e ilegais”.
O episódio ocorre após acusações feitas pelo ex-assessor em setembro à Comissão de Segurança Pública do Senado, nas quais alegou que Moraes teria adulterado documentos para justificar operações da Polícia Federal. Moraes, por sua vez, rebateu as alegações e afirmou que todas as investigações foram conduzidas de forma regular.
O Ministério da Justiça brasileiro enviou pedido formal de extradição à Itália em 20 de agosto, por meio do Itamaraty, e aguarda tramitação junto às autoridades italianas.



