Com perfil cordial e discreto, o ministro Edson Fachin assume a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) em setembro. A atuação dele, ao longo dos 10 anos na Corte, o aponta como um magistrado de personalidade mais técnica e mais reclusa a aparições públicas do que o atual presidente, Luís Roberto Barroso.
Nesses dois anos à frente da presidência do STF, Barroso instituiu uma comunicação direta e optou pela linguagem simples no Judiciário, a fim de atingir com a informação o maior número de pessoas. Fachin, no entanto, deve apresentar perfil mais parecido com o da ministra Rosa Weber, presidente que antecedeu Barroso.
Durante o mandato, o ministro prezou pelo andamento dos ciclos de transparência da urna eletrônica e pelo fortalecimento da segurança da votação, em uma época de grande investida no Congresso e do então presidente da República pelo voto impresso.
Fachin tem o perfil de preocupação social, apontado fortemente no julgamento da ADPF das Favelas, que buscou reduzir a violência policial e aletalidade em operações nas comunidades do Rio de Janeiro. Ele será o responsável por decidir a composição da pauta do planário da Corte nos casos que serão julgados. O presidente eleito também assume a presidência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).