Acusado de tentativa de feminicídio, Carlos Rondinelly Borges Lopes foi condenado a 28 anos e sete meses de prisão. O crime ocorreu em outubro de 2022, em Capela. O juiz André Parizio presidiu o julgamento e reconheceu que o ato foi praticado por motivo torpe, com extrema crueldade, impedindo a defesa da vítima e diante da própria avó.
Na sentença, o magistrado destacou a brutalidade do crime e o desprezo pela vida humana, evidenciados pelos laudos médicos que apontaram graves lesões, desfiguração do rosto e sequelas físicas. “As agressões revelaram dolo intenso de matar e foram praticadas de forma covarde, com extrema violência, merecendo maior reprovação social”, afirmou Parizio.
O histórico de violência de Rondinelly também pesou na condenação. Conhecido na cidade por seu temperamento agressivo, ele já havia protagonizado episódios de ameaças e humilhações contra a companheira, mesmo após ser preso. As provas demonstraram um relacionamento marcado por violência doméstica e familiar, agravado pelo comportamento possessivo e controlador do réu.
De acordo com o processo, após ser detido e liberado no dia 16 de outubro de 2022, Rondinelly invadiu a casa da avó da vítima, arrombou a porta e a espancou até deixá-la inconsciente. A mulher sofreu fraturas no rosto, perda de dentes e desfiguração. Testemunhas afirmaram que as agressões só cessaram quando ele acreditou tê-la matado. A condenação, considerada exemplar, reforça a gravidade do enfrentamento ao feminicídio no país.