Flávio critica Moraes sobre conduta com Bolsonaro: “Não tem humanidade”

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) criticou duramente nesta terça-feira (16) o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pela forma como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem sido tratado. Bolsonaro está internado no hospital DF Star, em Brasília, após apresentar crise de soluço, vômito e mal-estar, e deve passar a noite na unidade, segundo informações da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Em coletiva na entrada do hospital, Flávio classificou a conduta de Moraes como desumana, alegando que o pai estaria sendo submetido a um “linchamento” psicológico. Ele afirmou que os processos que resultaram na condenação de Bolsonaro, 27 anos e três meses de prisão por crimes como tentativa de golpe de Estado e organização criminosa armada, seriam parte de um “teatro” planejado pelo ministro.
“É o que eu tô falando, até terrorista dá trégua em uma trégua. Eu tô pedindo para o terrorista dar uma trégua. O cara teve coragem de intimar o presidente em uma UTI para dar ciência de coisa. Não tem o mínimo de humanidade não? Os crimes que ele foi condenado agora foi um grande teatro que Alexandre de Moraes armou pra ele, inventando crime, distorcendo legislação”, disse Flávio em entrevista coletiva na entrada do hospital DF Star, em Brasília.
O senador relatou ainda que o ex-presidente tem desabafado sobre os desgastes emocionais que enfrenta desde sua condenação e pediu orações nas redes sociais pela saúde do pai. O episódio ocorre dois dias após Bolsonaro deixar temporariamente a prisão domiciliar para realizar a remoção de lesões de pele, quando exames também apontaram anemia por deficiência de ferro e imagens residuais de pneumonia recente.
Bolsonaro, que já passou por diversas internações e cirurgias desde o atentado a faca durante a campanha de 2018, continua sob cuidados médicos com medicação intravenosa e acompanhamento próximo da família. Flávio reiterou a defesa da aprovação da anistia ao ex-presidente como forma de reparar o que classificou como interferências judiciais de Moraes.