Flávio Bolsonaro reafirmou nesta sexta-feira (5) que sua pré-candidatura à Presidência da República em 2026 é “irreversível”. Em entrevista, o senador afirmou ser uma versão “moderada” do pai e disse considerar o sobrenome uma vantagem frente a outros nomes da direita. Na tentativa de marcar distância de Jair Bolsonaro, destacou ter tomado duas doses da vacina contra a covid-19, diferentemente do ex-presidente.
A sinalização de autonomia, porém, contrasta com o histórico do próprio senador durante a pandemia. Flávio integrou o núcleo político que sustentou o negacionismo no país, período em que o atraso na compra de vacinas e a defesa de tratamentos sem eficácia contribuíram para mais de 300 mil mortes acima do esperado, segundo o PNUD. Ainda assim, agora busca se apresentar como voz moderada dentro do campo bolsonarista.
O senador também declarou nas redes sociais que foi escolhido por Jair Bolsonaro para ser o candidato do PL ao Planalto em 2026. Segundo ele, trata-se de uma “missão” dada pela maior liderança política e moral da direita. Flávio afirmou assumir a responsabilidade de dar continuidade ao “projeto de nação” iniciado pelo pai.
Flávio Bolsonaro disse ainda que somente a derrota do presidente Lula em 2026 poderá evitar a prisão do ex-presidente e descartou abrir mão da disputa em favor do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Após afirmar que Jair Bolsonaro livre seria o “preço” para desistir da candidatura, o senador voltou atrás e declarou que não seguirá “entubando historinha” sobre anistia. Ele reforçou que sua candidatura está mantida e que, caso não receba o apoio do centrão, disputará a eleição “com o PL e o povo”.



