O chefe da equipe de negociação do Hamas, Khalil al-Hayya, afirmou nesta quinta-feira (9) que recebeu garantias dos Estados Unidos, mediadores árabes e da Turquia de que o acordo de cessar-fogo firmado na quarta-feira representa o fim permanente da guerra em Gaza. Segundo ele, Washington e o Catar asseguraram ao grupo que Israel não retomará os combates após a primeira fase do acordo.
A confirmação veio após o governo israelense anunciar que todas as partes assinaram a versão final do acordo, que prevê a libertação dos reféns israelenses e o encerramento do conflito. As negociações ocorreram em Sharm el-Sheikh, no Egito, com mediação dos EUA, Catar e Turquia, após dois anos de confrontos.
O plano, elaborado com base em uma proposta de 20 pontos do presidente americano Donald Trump, prevê a libertação de reféns israelenses em troca de cerca de 2 mil prisioneiros palestinos. O proeminente líder palestino Marwan Barghuti, do Fatah, não está incluído na troca. O cessar-fogo deve entrar em vigor 24 horas após aprovação pelo gabinete israelense.
Em Khan Younis, no sul de Gaza, moradores comemoraram a notícia com aplausos e gritos de alegria. “Apesar de todos os mortos e da perda de entes queridos, hoje estamos felizes após o cessar-fogo”, disse o palestino Aiman al Najar à AFP.



