O réu Leandro dos Santos Araújo, 23, reafirmou a autoria do assassinato de sua sogra, ao júri no julgamento que teve início na manhã desta segunda-feira (20), em Maceió. Afirmou que pagava o aluguel da casa e chegou a morar lá com a filha da vítima, na época com 13 anos, o cunhado e a sogra. Falou que, naquele dia, a adolescente pediu para ele buscá-la no colégio.
“Nós fomos até a casa. Chegando lá, ela tomou banho e disse: fique aqui, amor. Esperei lá. Quando deu 18h eu já estava indo embora, só que fui beber água. Foi quando a mãe dela chegou e já foi me xingando. Fiquei sem reação. Eu não queria brigar. Fui pro sofá e ela começou a mentir. Disse que estava muito doido no dia da briga. […] Ela tinha ciúmes de mim, eu acho. No dia do bar, ela disse que eu estava com outra”.
“Do nada, ela começou a me xingar. Foi quando decidi abraçar a Milena para ir embora, ela foi na cozinha para pegar uma faca. […] Eu estava abraçando a Milena. Eu cheguei a dar um mata-leão na minha sogra e queria sair dali. Ela meteu uma facada no meu pé. Milena pegou a faca que caiu no chão e começou a gritar. Eu perdi a cabeça e dei as facadas”.Leandro afirmou no depoimento que o pai, Ademir da Silva Araújo, foi quem tirou os compartimentos da geladeira, onde o corpo foi ocultado. Leandro falou sobre o fretista que denunciou o caso à polícia “Eu disse ao rapaz do frete que tinha um corpo no meio do caminho. Ele disse para não o envolver, se não, iria me denunciar.
O juiz Geraldo Amorim, titular da 9ª Vara Criminal da Capital, exibiu as fotos do estado em que a vítima ficou. A família da vítima chorou durante o momento.