O presidente da C âmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou não temer a sanções dos EUA após se opor a nomear Eduardo Bolsonoro como líder da minoria na Câmara. O pedido seria para manter o filho do ex-chefe do Planalto no mandato, que pode sofrer cassação por faltas, e foi anunciada na última semana pela atual líder da minoria, deputada Caroline de Toni (PL-SC).
Motta, assim como o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), tem recebido “avisos” de Eduardo de que podem ser alvos de retaliações pelo governo Donald Trump, assim como ocorreu com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e sua esposa, Viviane Barci, que entraram na lista da Lei Magnitsky.
“Nós não podemos também vincular nossa atuação política a esta ou aquela argumentação, a este ou aquele risco, porque temos que fazer o que é certo, o que é correto. E nada nos tirará desse foco, nada nos tirará desse objetivo. Tenho, portanto, muita tranquilidade quanto à minha atuação”, afirmou o presidente.
A decisão de Motta, tomada nessa segunda-feira (23/9), impede o pedido para que o parlamentar assuma o posto de líder, alegando “incompatibilidades” com a função. De acordo com o documento, seria tecnicamente impossível que Edurado seja líder vivendo no exterior, por causa do Regimento Interno da Casa.