O deputado federal Lindbergh Farias afirmou nesta sexta-feira (14) que o Supremo Tribunal Federal formou maioria para receber a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República contra o deputado Eduardo Bolsonaro. Segundo ele, a representação enviada ao Ministério Público em maio já apontava que as ações do parlamentar nos Estados Unidos configurariam ataques às instituições democráticas e tentativa de coação no curso de processos envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro. O deputado, por sua vez, afirma ter entregue documentos à Polícia Federal e diz que suas iniciativas buscavam proteger o pai e aliados.
Diante do avanço da denúncia no STF, Lindbergh anunciou também a apresentação de um projeto de resolução que visa cassar o mandato de Eduardo Bolsonaro ainda este ano. A iniciativa surge em meio a críticas à frequência do deputado na Câmara dos Deputados, que, segundo o ex-senador, já teria ultrapassado o limite constitucional de faltas permitido — 70% das sessões.
Atualmente, a regra da Casa contabiliza as ausências apenas no mês de março, o que, para Lindbergh, impede a abertura imediata de processo por quebra de decoro. Por isso, o projeto propõe que a verificação da frequência passe a ser mensal, permitindo acelerar eventuais cobranças disciplinares.
A proposta deve acirrar ainda mais o clima político em Brasília, já que ocorre no mesmo momento em que o STF avalia se Eduardo Bolsonaro se tornará réu por suposta articulação de sanções internacionais contra autoridades brasileiras.


