Durante entrevista à BBC, o presidente Lula foi indagado sobre o motivo de não criticar abertamente países como China, Rússia e Irã, frequentemente apontados pelo Ocidente como regimes autoritários. Ao invés de se posicionar diretamente sobre esses governos, o presidente brasileiro preferiu destacar a necessidade de uma reforma na Organização das Nações Unidas (ONU).
Lula argumentou que o Conselho de Segurança da ONU precisa ser ampliado para incluir países que hoje têm grande relevância global, como Brasil, China, Índia, Alemanha, Japão e nações africanas. Para ele, a atual composição da ONU não representa mais a realidade geopolítica do século XXI e, por isso, a organização perde força diante de conflitos internacionais.
“A ONU não pode continuar com apenas cinco membros permanentes. Se não tiver representatividade, não terá influência”, afirmou Lula, citando como exemplo a guerra na Ucrânia. Ele reforçou que a falta de representatividade no Conselho compromete a capacidade da ONU de intervir ou mediar disputas de grande escala.