Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump devem se reunir nesta segunda-feira, na Malásia, após oito meses de tensão entre Brasil e Estados Unidos. O encontro ocorre durante a cúpula da Asean e é visto como um teste para a retomada do diálogo entre os dois países.
A reunião deve ser marcada por discussões sobre o aumento das tarifas impostas por Washington às exportações brasileiras, medida que se tornou o principal ponto de atrito bilateral. Outros temas sensíveis também devem surgir na conversa, como sanções contra autoridades brasileiras e divergências sobre a situação na Venezuela.
Apesar do encontro não constar inicialmente na agenda oficial, Trump confirmou a intenção de se reunir com Lula durante voo rumo a Kuala Lumpur. O líder norte-americano indicou pela primeira vez a possibilidade de rever as tarifas sob “circunstâncias certas”, sinal recebido com otimismo pelo governo brasileiro.
Lula afirmou que não há “assunto proibido” na mesa e espera avanços que reduzam a crise diplomática instalada desde julho. O Palácio do Planalto avalia que a conversa servirá para medir até onde os Estados Unidos estão dispostos a flexibilizar medidas que, segundo o Brasil, têm caráter político e prejudicam as relações comerciais entre os dois países.


