O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou o major da reserva da Polícia Militar do Distrito Federal, Cláudio Mendes dos Santos, apontado como um dos líderes do acampamento golpista montado em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília. O julgamento, iniciado no fim de junho, foi concluído nesta terça-feira (5/8), após o recesso do Judiciário.
O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, propôs uma pena de 17 anos de prisão, argumento seguido por Flávio Dino. Já Cristiano Zanin votou pela condenação, mas sugeriu pena menor, de 15 anos. O ministro Luiz Fux divergiu ainda mais, fixando a pena em 11 anos. A ministra Cármen Lúcia não votou, e o resultado final será consolidado na proclamação do acórdão.
A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) atribui a Cláudio crimes como associação criminosa armada, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado, entre outros. Segundo a PGR, o major teve papel central na incitação e organização do movimento antidemocrático, usando as redes sociais para propagar palavras de ordem e incentivar a animosidade contra os Poderes da República.