Uma gigantesca ação policial foi deflagrada na terça-feira (28/10) nos complexos da Complexo do Alemão e da Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, com objetivo de combater a facção Comando Vermelho. A operação resultou em 121 mortos, mais de 100 presos e a apreensão de 91 fuzis, segundo balanço oficial.
Apesar dos números, há vários pontos que permanecem sem resposta: quantas mortes ocorreram exatamente em área de mata, como funcionou o cordão policial feito pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), se os agentes registraram toda a operação com câmeras corporais e como estão sendo tratadas as perícias nos corpos.
Outro foco de questionamento é a retirada de roupas camufladas de vítimas por moradores e a entrada negada da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro no Instituto Médico-Legal para acompanhar os exames, o que alimenta desconfiança sobre a lisura das investigações.
A audiência marcada para 3 de novembro com o Cláudio Castro, governador do estado do Rio de Janeiro, e o acompanhamento da ADPF 635 (que monitorava operações em favelas) pelo Supremo Tribunal Federal mostram que o episódio segue sob forte escrutínio institucional.
 
 
											
 
								

