O projeto de lei complementar que muda a Lei da Ficha Limpa não deve avançar no Senado Federal. O texto até está previsto para ser votado na próxima terça-feira (2), mas a falta de votos deve adiar de novo a análise da proposta, mesmo com as investidas do presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) em encontrar votos favoráveis.
O projeto limita a 12 anos o tempo máximo que uma pessoa pode ficar inelegível mesmo em caso de condenações repetidas. O período de inelegibilidade será de oito anos, contados a partir da perda do mandato, das eleições em que o crime ocorreu, da renúncia do cargo ou da condenação em segunda instância.
Pela Lei da Ficha Limpa atual, o prazo de oito anos se soma e começa a valer depois do cumprimento da pena. O projeto encurta o período em que um político é impedido de participar das eleições. Além das tentativas de Alcolumbre, há a resistência de integrantes de políticos aliados ao governo.