O ministro do Turismo, Celso Sabino, anunciou nessa sexta-feira (26) que deixará o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Apesar da decisão, Sabino afirmou que sua vontade era permanecer no cargo e dar continuidade ao trabalho que vinha desempenhando na pasta, especialmente na preparação da COP30, que será realizada em Belém (PA), em novembro de 2025.
A saída ocorre após pressão do União Brasil, que havia dado prazo para que filiados deixassem os cargos no Executivo sob pena de infidelidade partidária. Sabino, no entanto, permanecerá no posto até a próxima quinta-feira (2), atendendo a um pedido de Lula para acompanhá-lo em agenda oficial de entrega de obras voltadas à COP30 no Pará.
Paraense, Sabino era peça-chave nas negociações de infraestrutura e rede hoteleira para a conferência. A saída repentina do ministério pode impactar seus planos eleitorais, já que o ministro pretende disputar uma vaga no Senado pelo Pará em 2026. Ele chegou a sinalizar a possibilidade de se licenciar do União Brasil para permanecer no cargo até o prazo de desincompatibilização eleitoral, em abril do próximo ano.
Ao entregar sua carta de demissão, Sabino afirmou que continuará dialogando com a direção do partido. “Vou seguir conversando com a liderança do meu partido, apresentando todas as razões que expus e vamos continuar o diálogo”, disse. Questionado sobre uma possível permanência no cargo ou saída do União Brasil, o ministro preferiu não responder diretamente, mas destacou acreditar no poder do diálogo.



