O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou para julgamento a ação que mira os deputados federais Josimar Maranhãozinho (PL-MA), Pastor Gil (PL-MA) e o suplente Bosco Costa (PL-SE). Ele pediu ao presidente da Primeira Turma, ministro Flávio Dino, que marque a data da análise. Os parlamentares são acusados de envolvimento em um esquema de desvio de recursos provenientes de emendas parlamentares.
Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), o grupo integrava uma organização criminosa que teria solicitado R$ 1,67 milhão em propina ao então prefeito de São José do Ribamar (MA), em troca da destinação de R$ 6,67 milhões em emendas de saúde para o município. As investigações apontam que Josimar Maranhãozinho liderava o esquema, coordenando a indicação das emendas e realizando pagamentos aos demais envolvidos.
A PGR afirma ainda que Bosco Costa utilizava contas bancárias de familiares para efetuar repasses ligados ao esquema, que também teve a participação de lobistas e do agiota conhecido como “Pacovan”, já falecido. O órgão pediu a condenação dos três parlamentares pelos crimes de corrupção passiva e organização criminosa, além da perda dos mandatos e pagamento de indenização por danos morais coletivos.
Também são réus no processo Thalles Andrade Costa, João Batista Magalhães, Adones Gomes Martins, Abraão Nunes Martins Neto e Antônio José Silva Rocha. Ao liberar o caso para julgamento, Zanin concedeu ainda cinco dias adicionais para Gomes Martins, Martins Neto e Silva Rocha apresentarem suas alegações finais, que não foram entregues no prazo inicial.
Maceió, 28 de novembro de 2025
