O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta quarta-feira (22) o pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para receber visita de Valdemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal. Na decisão, Moraes destacou que Valdemar voltou a ser investigado no âmbito da trama golpista, e uma das condições das medidas cautelares impostas a Bolsonaro é não ter contato com investigados.
A decisão reforça as restrições já aplicadas ao ex-presidente, que inclui a proibição de manter contato com outros réus e investigados do plano de golpe, além de autoridades estrangeiras, como embaixadores. Bolsonaro cumpre prisão domiciliar e medidas cautelares desde 4 de agosto, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de utilizar o celular.
Além de Valdemar, Bolsonaro também solicitou visitas do deputado federal Alfredo Gaspar (União-AL), do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Jorge Antônio, do bispo Robson Lemos e do desembargador aposentado Sebastião Coelho. Até o momento, Moraes ainda não se manifestou sobre esses pedidos, mantendo a tensão sobre os limites das visitas ao ex-presidente.
A decisão acende o debate sobre a extensão das medidas cautelares e o isolamento político imposto a Bolsonaro, reforçando o cenário de polarização e controvérsia em torno do caso da trama golpista.