Paulo Mansur, aliado do bolsonarismo, esteve com o deputado federal Eduardo Bolsonaro nesta quarta-feira (26), em meio ao acirramento da crise política após a prisão de Jair Bolsonaro. Segundo Eduardo, o ministro Alexandre de Moraes avalia pedir a extradição do ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem, que está nos Estados Unidos, o que amplia a tensão entre o Supremo Tribunal Federal e aliados do ex-presidente.
Durante a conversa, Mansur afirmou que Moraes teria “dobrado a aposta” ao avançar sobre Bolsonaro, mas agora enfrentaria repercussões no cenário internacional. Eduardo citou a sanção imposta ao ministro com base na Lei Global Magnitsky e mencionou o posicionamento do então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que fez referência a Bolsonaro em carta pública.
“Pela primeira vez o Brasil tem alguém sancionado com a Lei Magnitsky, é um violador de direitos humanos”, afirmou Eduardo, ao sustentar que uma eventual tentativa de extradição de Ramagem encontrará barreiras no exterior. Para o deputado, a ofensiva do Judiciário brasileiro passa a enfrentar resistências fora do país.
Eduardo também comentou os efeitos eleitorais da crise e disse que o ex-presidente vive sob pressão extrema. “O Jair Bolsonaro está sendo colocado na condição de refém, sendo torturado e resistindo para não entregar o capital político dele”, declarou, em tom de denúncia política.
Segundo ele, há pressão de aliados por decisões imediatas, mas o futuro eleitoral do grupo ainda está em aberto. “Tem muito espaço e tempo para isso”, afirmou, indicando que as definições para 2026 ainda seguem em disputa nos bastidores.


