O senador Sergio Moro (União Brasil) afirmou nesta sexta-feira (12) que há “suspeitas fundadas” de que o esquema de fraudes contra aposentados e pensionistas do INSS teria se expandido durante o governo Lula. Em entrevista à CNN, Moro mencionou a prisão do lobista Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, apontado pela Polícia Federal como um dos facilitadores da rede criminosa.
Segundo o parlamentar, servidores do alto escalão do INSS, nomeados no governo petista, estariam entre os que receberam propina para liberar dados de beneficiários. “As maiores suspeitas que existem são de que esse esquema floresceu e cresceu enormemente durante o governo Lula”, afirmou, ao reforçar críticas de que o PT tenta “roubar a verdade” sobre o caso.
Moro também rejeitou acusações de que a fraude teria começado no governo Bolsonaro, período em que foi ministro da Justiça e Segurança Pública. Ele disse que, à época, associações suspeitas chegaram a ser suspensas diante das denúncias de descontos ilegais em benefícios.
A prisão do “Careca do INSS” ocorreu um dia após a CPMI do INSS aprovar a quebra dos sigilos bancário e fiscal do lobista. Os parlamentares querem acesso a movimentações financeiras e declarações de Imposto de Renda entre 2022 e 2025, além de relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).