A mulher de 31 anos que foi atropelada e arrastada por cerca de um quilômetro na Marginal Tietê, na Zona Norte de São Paulo, apresentou melhora clínica e saiu do coma induzido. A informação foi confirmada à CNN Brasil nesta quarta-feira (4) pela defesa da vítima, que destacou que, apesar do quadro ainda delicado, a evolução é considerada significativa. Ela permanece internada no Hospital Municipal Vereador José Stropolli, sem previsão de alta ou de novas cirurgias.
A vítima já passou por quatro procedimentos cirúrgicos desde o crime, incluindo a amputação das duas pernas abaixo dos joelhos. A última operação, realizada recentemente, foi destinada à realização de um enxerto. De acordo com o advogado da vítima, Wilson Zaska, o estado dela ainda inspira cuidados, mas o avanço no quadro clínico traz esperança à família e à equipe médica.
O caso ocorreu no sábado (29) e foi registrado por câmeras de segurança e por motoristas que trafegavam pela Marginal. As imagens mostram o momento em que a mulher é atropelada pelo carro conduzido por Douglas Alves da Silva, de 26 anos, que a arrasta por uma longa distância. Antes do crime, ela havia sido vista caminhando com um homem, e segundos depois ocorre o atropelamento. Douglas foi preso no domingo (30) e alega que não tinha a intenção de atingir a vítima, afirmando que mirava outra pessoa após uma discussão.
A versão do suspeito, porém, foi contestada por um amigo que o acompanhava naquela noite. O jovem, de 19 anos, relatou à polícia que Douglas conversava com a vítima no bar e demonstrou ciúmes ao vê-la interagir com outro rapaz, o que teria motivado uma discussão acalorada. Ele confirmou que Douglas era o motorista e destacou que não imaginava que o amigo fosse capaz do ato. O depoimento é considerado fundamental pela polícia para reconstruir a dinâmica do crime, que chocou o país pela brutalidade.
Maceió, 5 de dezembro de 2025
