O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou neste sábado (13), durante debate no Rocas Festival em Itu, que houve um planejamento para um golpe de Estado, mas que a ação não se concretizou. Segundo ele, a legislação brasileira não considera crime o planejamento de um ato, se este não chega a ser executado, comparando a situação à tentativa de homicídio que não se consuma.
Costa Neto afirmou que o episódio do dia 8 de janeiro, que resultou na invasão e depredação de prédios públicos em Brasília, foi classificado como golpe pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mas questionou essa interpretação. Ele minimizou a participação dos manifestantes, alegando que o movimento foi composto por “pessoas comuns” e que o verdadeiro problema teria sido uma suposta atuação do PT para preparar a praça dos Três Poderes.
O dirigente do PL também afirmou que, antes do evento, houve uma tentativa de proteger a área com a Guarda Nacional, seguindo determinações publicadas no Twitter, mas que não havia efetivo presente no local no momento da invasão. Ele sugeriu que os conflitos começaram com pessoas ligadas ao PT e que apenas uma parte dos manifestantes se envolveu no quebra-quebra.
Valdemar Costa Neto concluiu dizendo que, para ele, um golpe envolve armas pesadas ou ação militar, e que, portanto, o episódio do dia 8 de janeiro não se enquadraria nessa definição. A declaração reforça a narrativa de que, embora houvesse planejamento, não houve execução de um golpe efetivo.