O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (14), durante a inauguração de uma fábrica em Pernambuco, que o Brasil voltou a erradicar a fome em seu governo, mas alertou para o risco de retrocesso. “Em dois anos e meio, nós acabamos com a fome outra vez, mas se não cuidar ela volta. Pois os pobres desse país são tratados como invisíveis. As pessoas só enxergam os pobres na época das eleições e depois os pobres voltam a ser invisíveis. Eu não tenho nenhum preconceito de classe, eu não divido a sociedade entre ‘nós’ e ‘eles’; eles é que dividem, uns que têm tudo e outros que não têm nada. Não precisa ser assim”, disse Lula.
Além de abordar a questão social, Lula criticou a suspensão do visto americano de Mozart Júlio Tabosa Sales, secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde. A decisão foi anunciada pelo Secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, sob a justificativa de que o programa Mais Médicos seria parte de um “esquema coercitivo de exportação de mão de obra do regime cubano, que explora trabalhadores médicos por meio de trabalho forçado”.
O presidente classificou a medida como injusta e defendeu a cooperação internacional no campo da saúde, ressaltando que o Mais Médicos já levou assistência a milhões de brasileiros em regiões onde há escassez de profissionais. Lula reforçou que programas dessa natureza não devem ser politizados, pois têm como objetivo garantir acesso a serviços essenciais para a população mais vulnerável.
Lula também voltou a criticar o embargo econômico dos Estados Unidos contra Cuba, afirmando que a medida, vigente há décadas, prejudica o desenvolvimento da ilha e impacta diretamente as condições de vida de seu povo. Segundo ele, o Brasil continuará defendendo o fim do bloqueio e buscando ampliar parcerias bilaterais e multilaterais na área da saúde e do desenvolvimento social.
Maceió, 7 de setembro de 2025
