A repercussão da retirada da escolta policial de Marina Cintra, ex-primeira-dama de Alagoas, alcançou a imprensa nacional e foi tema de comentários na Rádio Bandeirantes. O caso ganhou destaque após a segurança que ela recebia há quase 20 anos ser suspensa pelo Estado, logo depois de declarar apoio ao prefeito de Maceió, JHC (PL), adversário político do governador e ex-marido, Paulo Dantas (MDB).
Nos veículos nacionais, o episódio foi tratado como mais um capítulo da já conhecida disputa familiar e política envolvendo os Dantas, marcada por tensões históricas no Sertão de Alagoas. A mídia nacional enfatizou que a escolta existia justamente por causa dos conflitos entre as famílias Dantas e Boiadeiro, considerados de alto risco.
A Rádio Bandeirantes destacou, em rede nacional, a gravidade da situação e o impacto político da retirada da proteção, questionando se a decisão teria relação direta com o rompimento político de Marina e seu alinhamento ao grupo de oposição. O comentário chamou atenção para o caráter inusitado do caso, especialmente por envolver uma ex-primeira-dama que diz estar exposta após perder um serviço de segurança há anos considerado essencial.
A advogada de Marina, Luana Amaral, que também é tia do governador, reforçou críticas ao governo do Estado e afirmou que servidores têm relatado pressões políticas após demonstrar apoio à ex-primeira-dama. “A situação parece ter saído um pouco do controle, não se entende o porquê, pois ela é uma mulher livre e tem direito de escolher o caminho a seguir. Inclusive estamos recebendo muitos servidores públicos do Estado amedrontados com a situação, sendo coagidos e sofrendo ameaças de perda do cargo, caso tenham qualquer contato ou reação favorável a ela. O que está acontecendo demonstra o descontrole total de um gestor”, afirmou.



