A Polícia Federal (PF) indiciou o ex- ministro Silvio Almeida, dos Direitos Humanos, no inquérito que o investiga por assédio e importunação sexual. A ação tramita em sigilo, e a informação é do G1. O relatório da PF chegou ao ministro André Mendonça, que é relator da ação no Supremo Tribunal Federal (STF). Com a conclusão do inquérito, a Procuradoria-Geral da República (PGR) ainda decidirá se prossegue com a denúncia ou arquiva a investigação. O procurador-geral Paulo Gonet Branco, recém-reconduzido, também poderá pedir à Polícia Federal que sejam feitas mais diligências.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demitiu Silvio Almeida em 6 de setembro de 2024 após denúncias de assédio sexual virem a pública. A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, é uma das vítimas.
As denúncias foram movidas pelo movimento Me Too. A entidade revelou que mulheres buscaram o grupo por meio de canais de atendimento para denunciar o então ministro de Diretios Humanos. “Como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentaram dificuldades em obter apoio institucional para a validação de suas denúncias”, afirmou o Me Too à época.
Em outubro, à Veja, a ministra Anielle Franco confirmou ter sido uma das vítimas de Silvio Almeida. Ela disse que não o denunciou por medo de ser desacreditada. A ministra declarou que as importunações começaram no período de transição do governo, ainda em 2022. “Por um tempo, quis acreditar que estava enganada, que não era real, até entender e cair a ficha sobre o que estava acontecendo. Fiquei sem dormir várias noites”, disse a ministra.


