O Palácio do Planalto prepara, pelo terceiro ano consecutivo, um ato público para marcar a invasão das sedes dos Três Poderes, ocorrida em 8 de janeiro de 2023, em Brasília. O evento está previsto para o dia 8 de janeiro e será organizado pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos (PSOL), designado diretamente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Lula já determinou que todos os ministros estejam na capital federal na data. As cúpulas do Legislativo e do Judiciário devem ser convidadas, além de ministros do Supremo Tribunal Federal, parlamentares e comandantes das Forças Armadas. No ano passado, os presidentes da Câmara e do Senado não participaram do ato, em meio a tensões envolvendo emendas parlamentares e o debate sobre anistia aos envolvidos nos ataques.
Neste ano, o evento ocorre em um novo contexto político e jurídico, marcado pela condenação dos acusados pela tentativa de golpe, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ex-ministros e generais. Também pesa no cenário a aprovação do PL da Dosimetria, que reduz penas dos invasores e, indiretamente, de lideranças envolvidas nos atos.
Há expectativa de que Lula vete o projeto no próprio dia 8 de janeiro, usando o ato como sinalização política contra a proposta aprovada pelo Congresso. O discurso presidencial deve reforçar a defesa da democracia e trazer críticas ao governo anterior, segundo integrantes do Planalto.



