Adonias Mendes Neto, preso em 2013 por integrar uma quadrilha que aplicou cerca de R$ 180 mil em golpes com documentos falsificados para obter empréstimos bancários, ocupava até esta sexta-feira (28) o cargo de secretário parlamentar na Assembleia Legislativa de Alagoas. Mesmo com esse histórico criminal, ele recebeu salários de aproximadamente R$ 17.286,00 nos meses de setembro e outubro de 2025, situação que veio à tona após sua exoneração ser publicada no Diário Oficial.
Segundo a Polícia Civil, Adonias fazia parte de um grupo investigado pelo 1º Distrito Policial por fraudes que lesavam instituições financeiras e cidadãos alagoanos. À época da prisão, o delegado Carlos Reis, diretor da Polícia Judiciária Metropolitana (DPJM), destacou que a quadrilha utilizava documentos falsificados para contratar empréstimos ilegais em diversas agências.
Além do envolvimento com estelionato, Adonias também tentou se inserir na política, mas sem sucesso. Em 2008, teve sua candidatura a vereador em Novo Lino negada por possuir processo criminal em andamento. Em 2024, voltou a disputar o cargo, dessa vez em Campestre, usando o nome “Neto da Saúde” pelo Progressistas (PP), número 11222, mas novamente teve o registro indeferido pela Justiça Eleitoral.
Natural de Maceió, com ensino médio completo e sem bens declarados, Adonias ocupava o cargo comissionado na ALE até a publicação de sua exoneração. Ele também te nomeações na Assembleia Legislativa nos anos de 2020 e 2021.


