Senadores ligados à direita radical iniciaram uma movimentação pelo impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A proposta é liderada por nomes como Damares Alves (Republicanos-DF) e Magno Malta (PL-ES), que acusam Moraes de abusar do poder ao impor medidas consideradas severas contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, além de responsabilizá-lo por desgastes diplomáticos, como o aumento de tarifas imposto por Donald Trump.
Apesar do discurso inflamado, parlamentares reconhecem nos bastidores que a chance de avanço imediato do impeachment é remota. Atualmente, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), não demonstra intenção de pautar o tema, e a oposição não possui maioria suficiente para aprovar a abertura do processo.
Segundo analistas políticos e os próprios senadores envolvidos, a ofensiva tem como principal objetivo antecipar a estratégia eleitoral para 2026. A meta da direita é ampliar sua bancada no Senado, buscando alcançar dois terços das cadeiras, número necessário para aprovar o impeachment de um ministro do STF.
Atualmente, existem 29 pedidos de impeachment contra Moraes em tramitação no Senado, sendo o mais recente de autoria de Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Caso algum processo avance, será necessário passar por uma comissão de 21 senadores, votação no plenário e, em última instância, obter ao menos 54 votos favoráveis para afastar o ministro.
Maceió, 8 de agosto de 2025
