O senador Sérgio Moro (União Brasil–PR) voltou a criticar as medidas cautelares impostas pela Polícia Federal ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em vídeo publicado nesta quarta-feira (27) em seu perfil no Instagram, o ex-juiz classificou como “excesso” a solicitação de monitoramento feita pela PF, ressaltando que o procedimento representa uma situação inédita no país.
Segundo Moro, a vigilância em torno da residência de Bolsonaro contrasta com o tratamento recebido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em processos passados. “O Lula nunca foi submetido a medidas equivalentes. Antes, inclusive do julgamento, ele dava entrevistas com abundância e sempre foi muito duro nas suas palavras contra juízes e promotores”, afirmou.
O senador também questionou a proporcionalidade da atuação da PF, indicando que a imposição de tais restrições, ainda nesta fase do processo, poderia ser interpretada como desequilibrada. As medidas de monitoramento contra Bolsonaro foram determinadas após pedido do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
As falas de Moro se somam a uma série de críticas de aliados do ex-presidente, que consideram abusivas as restrições impostas no cumprimento da prisão domiciliar decretada em agosto. Enquanto isso, a PF defende que a vigilância é necessária para evitar tentativas de fuga e garantir a efetividade da medida judicial.