Dirigentes do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi) ganhavam comissões toda vez que um aposentado tinha seu benefício do INSS descontado pela entidade. As comissões estariam chegando a pelo menos R$ 4,1 milhões, e os descontos são atualmente investigados na chamada Farra do INSS.
Entre os beneficiados estão a esposa do presidente do Sindicato, Milton “Cavalo” Baptista de Souza, e o marido da diretora jurídica da entidade, a advogada Tonia Andrea Inocentini Galleti.
Nos documentos obtidos pelo Metrópoles mostram que o papel da Gestora Eficiente, controlada pelos cônjuges dos dirigentes do Sindnapi, era processar as fichas entregues pelo sindicato e pelo Bmg encaminhar a documentação à Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev), para que o Sindnapi pudesse receber os descontos dos aposentados.
O pagamento era por produtividade, isso significa que, quando o número de aposentados aumentou, os pagamentos os cônjuges envolvidos também cresciam.
Quando procurados, O Sindnapi, o Bmg e Generali negaram irregularidades. Segundo o sindicato, a Gestora Eficiente tinha como atribuição fazer a “interface de relacionamento com a corretora CMG”, o braço de seguros do Bmg. O banco era responsável pela “captação de associados através do Projeto Viver Melhor, um amplo programa de benefícios exclusivos”.