A ex-integrante do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) e assessora jurídica do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), Tonia Galleti, rebateu nesta segunda-feira (20) os dados apresentados pela Controladoria-Geral da União (CGU) sobre descontos irregulares em aposentadorias e pensões. Durante depoimento à CPMI do INSS, no Congresso, ela defendeu a atuação da entidade e afirmou que denúncias feitas desde 2019 estão sendo usadas para criminalizar quem tenta combater fraudes.
Segundo Galleti, o sindicato, que tem como vice-presidente Frei Chico, irmão do presidente Lula (PT), vem sendo injustamente associado a irregularidades. “Todas as entidades honestas estão sendo colocadas no mesmo balaio desses picaretas. Estão matando o mensageiro e desestimulando quem denuncia corrupção”, declarou.
Em tom emocionado, ela negou qualquer envolvimento em crimes e disse possuir documentos que comprovam a legalidade das atividades do Sindnapi. “Eu tenho 85 mil procurações e registros de atendimentos aos associados. O sindicato não é de mentira, não comete fraude e eu tenho provas robustas disso”, afirmou.
Após as declarações, o relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), destacou que foi a Polícia Federal quem apontou Galleti como peça central no suposto esquema de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões.