“Sou maconheiro e criminalização é racista”, diz deputado do PT

O deputado estadual do Paraná, Renato Freitas (PT), voltou a provocar debate nacional ao declarar, em entrevista à revista on-line Breeza, que é “maconheiro” e que a criminalização da maconha no Brasil possui caráter “absolutamente racista”. A fala foi dada durante a ExpoCannabis, realizada entre 14 e 16 de novembro, em São Paulo, e repercutiu nas redes sociais.
Freitas afirmou que pretende abrir uma associação voltada ao plantio de cannabis medicinal, destacando a importância do acesso regulamentado para pacientes que dependem do tratamento à base da planta. Segundo ele, a legislação atual impede avanços na área da saúde e mantém desigualdades históricas. O deputado também revelou que já tentou cultivar maconha em casa, mas sem sucesso.
Durante a entrevista, o parlamentar reforçou que a forma como o Brasil trata o tema é marcada por seletividade penal. “A planta é maravilhosa e a criminalização dessa planta na história de nosso país se demonstrou de caráter absolutamente racista”, disse. Ele defendeu mudanças na política de drogas e afirmou que sua postura busca abrir espaço para um debate mais honesto.
As declarações de Freitas dividem opiniões, mas ampliam o embate sobre a regulamentação da cannabis no país. Enquanto apoiadores celebram a defesa da descriminalização e do uso medicinal, críticos afirmam que o discurso incentiva o consumo recreativo sem considerar os impactos sociais.