O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, denunciou nessa sexta-feira (31) a violência contra cristãos na Nigéria, perpetrada por grupos jihadistas e pela milícia étnica Fulani. Em postagem na Truth Social, Trump classificou a Nigéria como um “país de especial preocupação” e alertou para a ameaça existencial enfrentada pelo cristianismo na região.
“O cristianismo enfrenta uma ameaça existencial na Nigéria. Milhares de cristãos estão sendo mortos. Islamistas radicais são responsáveis por esse massacre”, escreveu Trump. O presidente solicitou a abertura de uma investigação e pediu que o Congresso americano reporte medidas imediatas para proteger a população cristã no país e em outros lugares do mundo.
O secretário de Estado americano, Marco Rubio, também se manifestou, classificando os ataques como “trágicos e inaceitáveis” e reiterando que os EUA estão prontos para agir. Os grupos jihadistas responsáveis, como Boko Haram e o Estado Islâmico da Província da África Ocidental (ISWAP), têm intensificado os ataques desde o governo do ex-presidente Muhammadu Buhari, muitas vezes aproveitando-se da ineficácia das autoridades locais.
Segundo relatórios da ONG Portas Abertas, mais de 100 mil nigerianos foram forçados a fugir, enquanto ataques se espalham para o centro e sul do país, incluindo sequestros, violência sexual contra mulheres e conversões forçadas ao Islã. A perseguição na África Subsaariana já afetou mais de 16 milhões de cristãos, com massacres também relatados em Burkina Faso, Mianmar, República Democrática do Congo e Índia.



