Na sessão ordinária desta quinta-feira (2), a Câmara Municipal de Rio Largo discutiu um tema que há tempos incomoda a Casa: o uso dos veículos oficiais e as multas acumuladas, herdadas tanto de gestões anteriores quanto da atual. O projeto em pauta buscava regulamentar o pagamento dessas infrações e disciplinar a utilização dos carros, numa tentativa de dar transparência ao processo e mostrar à população que vereadores também devem responder por seus atos no trânsito.
A votação, no entanto, mostrou a divisão entre os parlamentares. A favor da regulamentação e da moralização do uso dos veículos se posicionaram Rogério Silva, Rafael Feitosa, Bala Soares, Camilly Correia, Luzardo Neto e Efrain Verçolino. Já os contrários, que preferiram manter a situação como está, foram Dr. Izaque, Ismael Ferreira, Jeferson Alexandre, Douglas Costa, Carlinhos Reis, Aline Diniz e Nadiele Rufino.
O resultado expôs um velho problema da política local: a resistência em abrir mão de privilégios. Ao tratar de multas e responsabilidades, o debate derrapou justamente no ponto mais sensível — o bolso dos parlamentares. No fim, ficou a impressão de que a tentativa de moralizar o uso dos carros oficiais ainda tem um longo caminho a percorrer.



