O Tribunal de Justiça de São Paulo suspendeu, na sexta-feira (1º/8), os contratos da Prefeitura de Ribeira com a empresa W. F. Da Silva Treinamentos Ltda. A medida liminar atendeu a um pedido do Ministério Público, que investiga o uso indevido de recursos públicos para contratar uma “amarração amorosa” em favor da vice-prefeita Juliana Maria Teixeira da Costa.
Segundo a ação, Juliana, também secretária de Saúde, teria pago por um “casamento espiritual” com verba do município. O serviço teria como objetivo manter um relacionamento extraconjugal com o servidor Lauro Olegário da Silva Filho, casado e coordenador municipal de Saúde. O pagamento teria sido feito por meio da empresa contratada pela prefeitura.
A W.F. recebeu R$ 41,2 mil da prefeitura e repassou o mesmo valor a uma vidente identificada como “Mentora Samantha”. A denúncia surgiu após o vereador Dirceu Benedito encontrar comprovantes de pagamento no perfil da espiritualista. Um deles, de R$ 6 mil, estava em nome da vice-prefeita; o outro, da empresa.
O MP também apura o uso da empresa para outros desvios na área da saúde. Juliana, Lauro e o empresário Willian Felipe da Silva foram denunciados por participação no esquema. A Prefeitura e a empresa não se pronunciaram. Nas redes, Juliana negou as acusações e disse ser alvo de “ataques caluniosos”.