Governadores de direita reuniram-se nesta quarta-feira (12) em Brasília com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), para pedir o adiamento da votação de projetos ligados à segurança pública, incluindo o projeto antifacção apresentado pelo governo e relatado pelo deputado Guilherme Derrite (PP-SP). O grupo argumenta que as propostas precisam ser debatidas com os estados, o Senado Federal e o Supremo Tribunal Federal (STF) antes de irem ao plenário.
A reunião, realizada no gabinete de Motta, contou com a presença dos governadores Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro; Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais; Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina; Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás; e da vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP). Eles integram o chamado “Consórcio da Paz”, formado por chefes de Executivos estaduais de perfil conservador.
“Quem opera a segurança pública são os estados. Não adianta fazer um projeto sem ouvir os estados, sem saber se aquilo que está sendo votado vai ajudar os estados”, afirmou o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro. Já Ronaldo Caiado reforçou a necessidade de diálogo institucional: “Precisamos que esse assunto seja abordado com o Supremo, com o Senado, com o Executivo e com os governadores. Nós é que estamos à frente do problema”.
Na véspera, o relator Guilherme Derrite havia apresentado uma nova versão do pacote de enfrentamento ao crime organizado. O texto mais recente retirou mudanças previstas na Lei Antiterrorismo e nas atribuições da Polícia, pontos que geraram divergências nas discussões anteriores na Câmara dos Deputados.


