O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), criticou nesta terça-feira, 4, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmando que a atual gestão “enaltece quem comete crimes”. Em vídeo publicado no X (antigo Twitter), Zema declarou que o país precisa de medidas mais duras para combater a criminalidade e defendeu que a proposta de lei “antifacção” deve “colocar bandido atrás das grades”.
Zema afirmou ainda que, junto a outros seis governadores do Sul e Sudeste, apresentou no ano passado ao ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, propostas para a chamada PEC da Segurança. Entre as sugestões, destacou a prisão automática de criminosos que rompam tornozeleiras eletrônicas. “Isso não foi colocado na PEC. É coisa básica. O Brasil precisa colocar bandido atrás das grades”, disse o governador.
As declarações ocorrem após o presidente Lula classificar como “matança” a operação policial contra o Comando Vermelho, que deixou dezenas de mortos. Em entrevista a correspondentes internacionais, o petista afirmou que pretende investigar o caso e permitir a participação de legistas da Polícia Federal nas apurações. “A decisão do juiz era uma ordem de prisão, não de matança. Houve matança”, declarou o presidente.
Lula acrescentou que a operação foi “desastrosa” e defendeu a necessidade de esclarecer as circunstâncias das mortes. “Até agora temos apenas a versão contada pela polícia e pelo governo do estado. É importante verificar em que condições ela se deu”, afirmou. As falas do presidente e do governador ampliaram o embate político entre o Palácio do Planalto e os governos estaduais sobre a condução da segurança pública no país.



