Albino dos Santos Lima, conhecido como o “serial killer de Maceió”, voltou ao banco dos réus nesta sexta-feira (31), no Fórum da capital. Este é o quinto Júri Popular do acusado, que já possui quase 100 anos de condenações. Desta vez, ele responde pela morte de Tâmara Vanessa dos Santos, de 21 anos, e pela tentativa de assassinato de um casal, crimes cometidos em junho de 2024, no bairro da Ponta Grossa.
Durante o julgamento, uma das sobreviventes, Leidjane, mãe de santo,relatou que ainda vive com sequelas emocionais e físicas. Ela afirmou que não entende a motivação do ataque, já que não tem envolvimento com atividades ilícitas, ponto que foi confirmado pelo Ministério Público. Leidjane contou que passou nove dias internada e chegou a perder a visão e a memória por cinco dias. Hoje, ela trabalha apenas quando consegue lidar com o trauma, o que compromete o sustento dela e dos filhos.
O outro sobrevivente, José Gustavo, conseguiu correr e pedir ajuda após o ataque, mas também permanece emocionalmente abalado. Segundo o promotor de Justiça Antônio Vilas Boas, Albino agia com frieza e justificava os assassinatos dizendo que as vítimas eram “faccionadas” ou ligadas ao crime ;afirmações que o MP comprovou serem falsas. Ainda no plenário, o promotor exibiu imagens encontradas no celular do réu, incluindo selfies em cemitérios onde vítimas foram enterradas.
Ao ser questionado se falaria, Albino apenas declarou ter ciência das acusações e disse: “Confesso o acontecido, mas quero permanecer em silêncio”. O promotor classificou o réu como “um psicopata que tem consciência dos seus atos, sem empatia e com prazer naquilo que faz”. O julgamento segue em andamento.
Maceió, 1 de novembro de 2025
