O maior consumo de alimentos ultraprocessados, como salgadinhos, refrigerantes, salsichas e outros, acelera o envelhecimento biológico. O estudo foi realizado pela brasileira Barbara Cardoso, professora do Departamento de Nutrição, Dietética e Alimentos da Universidade Monash, na Austrália, e publicado na revista científica Age and Ageing.
Diversos fatores podem influenciar o envelhecimento biológico, como alimentação, atividade física e predisposição genética. Além disso, novo estudo, que analisou dados de 16 mil americanos com idades entre 20 e 79 anos, disponíveis pela Pesquisa Nacional de Exames de Saúde e Nutrição dos EUA (NHANES), encontrou uma associação com o consumo de ultraprocessados.
A idade biológica é uma estimativa baseada em diversos biomarcadores moleculares, a nível do DNA, enquanto a idade cronológica é de fato o número de anos que a pessoa tem. Assim, a pesquisa relevou que para cada aumento de 10% na ingestão dos produtos, a idade biológica era cerca de 2,4 meses maior em relação à cronológica.
O trabalho comparou ainda o grupo que mais comia ultraprocessados com aqueles que menos consumiam os produtos. Os resultados mostraram que os indivíduos do primeiro grupo eram, em média, 0,86 ano mais velhos biologicamente do que os do segundo grupo, embora tivessem a mesma idade cronológica.