Pais, alunos e profissionais da educação do Colégio Tiradentes, em Alagoas, estão mobilizados contra a implementação da Progressão Parcial (PP) na unidade de ensino. A comunidade escolar encaminhou um apelo formal ao Ministério Público, à Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e ao Comando da Polícia Militar, pedindo a suspensão da medida, que já começou a ser adotada nas unidades de Maceió e Arapiraca.
O grupo argumenta que o Colégio Tiradentes é referência em excelência acadêmica, com desempenho superior a escolas particulares e federais, especialmente em avaliações como o Enem. Eles defendem que o modelo atual de ensino, baseado em rigorosas avaliações mensais, bimestrais e finais, deve ser mantido para garantir uma formação sólida aos alunos.
Segundo os manifestantes, a Progressão Parcial, ao permitir que o aluno avance de série mesmo sem aprovação em todas as disciplinas, compromete a qualidade do ensino e pode prejudicar o desempenho futuro dos estudantes. Eles destacam que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) permite que cada escola decida sobre a adoção do sistema, reforçando a autonomia da comunidade escolar.
Em resposta ao protesto, a Secretaria de Estado da Educação enviou nota ao Agora Alagoas, afirmando que a Progressão Parcial está amparada por legislação federal e regulamentada em Alagoas pelo Conselho Estadual de Educação. A Seduc ressaltou que a medida está prevista na Portaria nº 15.022/2021 e é obrigatória na rede estadual, incluindo o Colégio Tiradentes, que opera sob gestão compartilhada com a Polícia Militar.
A Seduc ainda garantiu que a Progressão Parcial não compromete a qualidade pedagógica nem o modelo disciplinar do colégio, e afirmou que a política visa assegurar o direito à educação e o sucesso acadêmico de todos os estudantes. Ainda assim, a comunidade escolar segue firme no pleito pela manutenção do modelo tradicional, temendo prejuízos no desempenho educacional da instituição.
Maceió, 1 de agosto de 2025
