A Polícia Federal solicitou a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em representação enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) em julho, segundo mostra a decisão do ministro Alexandre de Moraes publicada no dia 5 de agosto. A corporação alegava que Bolsonaro atuava para obter sanções internacionais contra autoridades brasileiras e que sua prisão seria necessária para interromper tais ações.
O pedido foi encaminhado por Moraes à Procuradoria-Geral da República, que concordou com os fundamentos da PF, mas considerou a prisão uma medida extrema naquele momento. Em resposta, o procurador-geral Paulo Gonet sugeriu medidas cautelares como alternativa.
O ministro do STF acolheu o parecer e impôs as restrições no dia 18 de julho — incluindo uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento noturno e proibição de uso de redes sociais. Só após o descumprimento dessas medidas é que Moraes, com aval da Primeira Turma, determinou a prisão domiciliar do ex-presidente.