A AMA reuniu representantes de órgãos federais e estaduais para debater ações de preservação da Caatinga e apoiar pequenos e médios agricultores com foco no desenvolvimento sustentável. Como resultado, foi criado um grupo de trabalho coordenado pelo secretário de Meio Ambiente de Delmiro Gouveia, Marcos Diniz. O grupo atuará com base em um relatório do Ibama sobre áreas desmatadas, com os municípios atuando na conscientização e na disseminação de informações legais.
O superintendente do Ibama, Reginaldo Couto, destacou que o bioma perdeu mais de 5 mil hectares em 2024 e defendeu a necessidade de segurança jurídica para os agricultores. Ele citou exemplos positivos em Delmiro Gouveia e Olho D’Água das Flores, onde a atuação junto aos assentados tem sido eficaz na prevenção. Prefeitos e secretários reforçaram a importância do apoio coletivo, principalmente na oferta de informação qualificada.
A secretária de Agricultura, Aline Rodrigues, disse que programas como Seagri em Movimento e a feira da agricultura familiar vão reforçar a divulgação da legislação. O IMA anunciou que o governador Paulo Dantas assinará uma lei para crédito de reposição, e o plano estadual de combate à desertificação está sendo atualizado com apoio da universidade. A Emater acompanhará 300 agricultores no programa Semiárido Bem Viver.
O presidente da AMA, Marcelo Beltrão, afirmou que a articulação entre os municípios é essencial para conter o desmatamento e garantir a recomposição das áreas. Já o vice-presidente, Jorge Dantas, defendeu mais esclarecimentos e menos punições. A Caatinga, que cobre cerca de 44% do território alagoano, é um bioma exclusivamente brasileiro, vulnerável e com vegetação adaptada a climas extremos.
Maceió, 31 de agosto de 2025
